sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Não faça as coisas para ficar feliz...Faça ao contrário



A filosofia de vida da maioria das pessoas é “fazer para ficar feliz”. A maioria das coisas que fazemos, fazemos para no final alcançar um maior nível de bem estar. As fazemos porque de alguma forma elas prometem trazer algum benefício.
Na maioria dos casos isso leva a uma vida de luta, lutar para obter o que poderia trazer alegria, paz, bem estar. Em alguns momentos conseguimos alcançar as metas e podemos até sentir euforia por um tempo, mas pouco tempo, porque depois voltamos à vida como luta. É isso mesmo? É essa a vida? Ou será que há outras formas de vive-la?
Existe uma filosofia de vida que funciona da forma contrária. O antigo conto do rapaz que precisava de um trabalho a explica bem…

Havia um rapaz que precisava de um trabalho. Ele estava descendo uma rua aonde tinha casas afluentes e numa varanda ele enxergou um velho sentado. Por desespero ele se aproximou ao velho e perguntou:
– Desculpe a interrupção mas por acaso o senhor não teria um trabalho para mim? Eu preciso de um trabalho.
– É mesmo? Você precisa de um trabalho?, perguntou o velho.
– Sim, por favor, qualquer coisa.
– Se é um trabalho o que você precisa tem sorte. Veja aqui atrás da casa. Aqui tem um morro bem alto em baixo tem uma pedra redonda. Empurre a pedra até o alto do morro. E depois, deixe-a voltar pro baixo e de novo empurre para cima. Se é um trabalho que você precisa, não vai faltar.
– Não! Não é bem um trabalho o que preciso. Eu preciso de dinheiro.
– A é? É do dinheiro que você precisa? Então você tem sorte! Aqui dentro da casa eu tenho um cofre cheio de dinheiro. E tudo seu. Mas você não pode comprar nada com ele.
– Não! Não é do dinheiro em si que eu preciso. Eu preciso das coisas. Eu preciso de uma casa, de roupas, de comida.
– É mesmo? Então você tem sorte! Eu tenho esta casa e ela está cheia de coisas. Ela é sua, com todas as coisas lá dentro. Mas você não pode usar as coisas. Não pode vestir as roupas nem comer a comida. Mas se for de coisas que você precisa não vão faltar.
– Não! Eu não precisa da casa. Eu preciso da segurança que ela da, do sentido de ter um lar. Eu preciso do conforto que as coisas trazem. Eu preciso da satisfação, da felicidade que poderia ter com tudo isso.
– A é? Então você realmente tem sorte! Vou contar um segredo para você. É sempre você quem cria todos esses sentimentos. Todas essas coisas que você contou que precisa são estados que você mesmo manifesta dentro de você – as sensações de segurança, conforto, satisfação, e felicidade. Ninguém pode fazer isso para você, só você. Então você pode criar tudo isso para você agora mesmo, não precisa de mim, do trabalho, do dinheiro, das coisas, nem do tempo.

De fato, somos nós os criadores dos nossos sentimentos e da nossa felicidade. Imagine se em vez de dedicar o tempo lutando de uma forma sofrida para num futuro alcançar momentos de felicidade pudéssemos começar com a felicidade para assim inspirar as ações. Em vez de “fazer para ficar feliz” poderia-se “ficar feliz para fazer da inspiração que a felicidade traz”. Dessa forma a nossa vida estaria sobre tudo cheia da felicidade e os nossos afazeres ficariam inspirados, contagiando os outros com essa mesma energia.

Dedicamos muito tempo para pensar no que fazer. E se, só como experimento, dedicaríamos uma pequena porcentagem daquele tempo a encontrar formas de aumentar o bem estar interno agora? Será que a filosofia de “fazer de felicidade” poderia começar agir na nossa vida?

domingo, 9 de fevereiro de 2020

Primeira exposição de prata coloidal


Fiz a minha primeira exposição da prata coloidal que estou produzindo.   Foi interessante ver que realamente é um produto novo para a maioria das pessoas.  E como algumas pediram o Instagram , hoje criei um Instagram para a prata.  Escolhi o nome "Fada - Prata Coloidal"  @fadapratacoloidal porque a empresa chama-se Fada.



Gostei da experiência.  Foi bom interagir com as pessoas e ouvir as perguntas.  Acredito que vou fazer mais uma exposição no Sarau de Serra Grande, semana que vem e talvez vou participar na Ciranda de Ilhéus.  Com estas experiências provavelmente vou aprender bastantes coisas.





quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Saber quem você é traz cura

A pergunta milenária “Quem sou?” remete a filósofos antigos e a seres iluminados. De fato, alguns deles atribuem sua iluminação à contemplação dessa pergunta. Mas o que esta pergunta realmente pode trazer para a nossa vida cotidiana? Como ela pode nós afetar? Realmente tem algum poder transformador?


Tem. O poder transformador dela é ao mesmo tempo sutil e poderoso, suavemente mudando como experimentamos o mundo. Ela é capaz de pouco a pouco nos conectar com uma real paz interior, trazendo cura.


Está a fim de fazer um experimento? Vamos lá então. Quem é você? Você é seu corpo? Não, porque seu corpo é seu. Ele é uma coisa que você tem. E se tiver alguma dúvida pergunte quem experimenta quem? É você quem experimenta seu corpo ou é ele que experimenta você? Então, você não é seu corpo.

Você também não é seu nome, seu sexo, nem sua idade. Essas são qualificações, descrições, mas não a sua essência.
Será que você é seus pensamentos, suas emoções, seus sentimentos? De novo vamos ter que dizer que não. Os pensamentos, as emoções e os sentimentos aparecem e desaparecem em você, e é você quem os experimenta. Eles chegam e vão, mas você continua.


No última coluna falamos que somos a defesa contra a perda de amor. As nossas formas particulares de agir surgem dessa defesa que foi criada há tempo. Mas essas formas de agir também não são aquele quem você realmente é. Elas são condicionamentos, não você.


Você também não é nem as memórias nem as expectativas. Seu ser é agora. Seu ser, a sua existência é a parte mais real do que tem. Você sabe que você é. Nisso não tem dúvida. Então, você é. E além de ser, você sabe que é. Isso chamamos de consciência. Você é a consciência que parece experimentar o mundo.


É quando começamos realmente enxergar que não somos corpos, nem pessoas, nem os condicionamentos mas aquela pura consciência que é e sabe que é, que podemos começar deixar muitos dos dramas atras. Os dramas das nossas vidas, os sofrimentos, e as feridas parecem reais quando nos identificamos com eles. Quando nós identificamos com a ferida, a carregamos, sustentamos, criamos defesas para não mexer nela. Entramos nas batalhas para defende-nos.


E quando esse discernimento que não somos a personagem, só jogamos o papel da personagem, surge, de repente podemos nos abrir e começar desfrutar do que acontece. De repente podemos viver plenamente, sem o feche que o medo impõe. A nossa visão fica mais ampla, o nossa capacidade de resolver os problemas aumenta junto, e a nossa capacidade de desfrutar plenamente se estabelece.


Tudo bem, pode até ser. Mas como chegar a esse ponto de se identificar com a ampla consciência, com aquele amor aberto, com a sensação de beleza? O primeiro passo já está feito. Esse é o passo de logicamente entender quem somos. Agora trata-se de prática e costume. Quanto mais vamos praticar essa visão, mais natural ela vai ficar. Uma das melhores formas de pratica-la é se afastar das distrações e em vez de usar a mente para enfocar nos acontecimentos usa-la para des-enfocar, abrir. Sentados, com o corpo relaxado, os olhos suavemente fechados, deixando todos os sons entrar sem enfoque ou preferência, mergulhamos na sensação de abrir, relaxar, e simplesmente ser. Mesmo se for só para uns poucos minutos cada dia, esse treino vai pouco a pouco começar mexer com toda sua forma de perceber o mundo, te convidando a ter uma experiência mais plena e satisfatória, com uma paz real e cada vez mais perceptível no fundo.



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